terça-feira, 12 de maio de 2009

em São Paulo, dezenove horas

Alguém pode estranhar que passam dias sem novos textos e derepente uma enchurrada.
Pode parecer estranho, mas ainda não consigo escrever direto no blog. Adoro uma caneta, papel, a dificuldade pra entender a minha letra, uma revisada básica no que escrevi ( apesar de vez ou outra achar que tem palavra escrita errada ), digitar no editor de texto - sempre altero alguma coisa nesse momento - e depois blog. Ritual da escrita.
Mas todo dia dou uma olhada na página pra saber se tem mais algum seguidor, algum comentário, essas coisas das quais o ego tanto sente falta.
E aproveito para reler o que escrevi, criticar, imaginar como fui capaz, no bom e no mau sentido e ficar imaginando o que vai sair de mim na próxima canetada.
E sempre fico fascinado com o poder das letras, formas tão simples, tão antigas e tão poderosas. Capazes de combinações infindáveis, de significações idem e de não serem percebidas sempre. Tem gente que só reconhece as letras, mesmo assim só 5, nas provas de multipla escolha. Tudo o que vem antes e depois não serve pra nada. Apenas a letra certa dessas cinco tem importancia.
Não param pra pensar que as letras, como os números e os símbolos traduzem tudo que somos, não somos ou seremos. Nos tempos modernos tomam nosso lugar. Tem vida e criam e destroem vidas. E ainda assim são invisíveis para a maioria. E, gozado, quando um Pessoa ou Drumont demonstram suas habilidades com as ditas, o mérito é só deles, não delas.
Mas enfim, Tenho uns quatro ou cinco textos começados, bem pensados e não escritos pra rolar o publicar. Mas ainda estão madurando. Eu mesmo to madurando.
O mundo vai girando, a Lusitana vai rodando, eu vou por ai olhando as coisas e as pessoas, tirando minhas conclusões e jogando tudo na cabeça, sacudindo e esperando a hora que alguma coisa vai ser dita.
Mas por enquanto, em São Paulo dezenove horas. Hora de desligar do Mundo e lembrar que depois tem mais.
Até já.

em tempo: hoje saiu tudo de primeira, no blog, sem revisão e sem razão. A não ser o fato de que to vivo e atento, de caneta na mão.

Um comentário:

  1. Enquanto isso o tempo vai passando, a vida vai passando, o mundo vai enlouquecendo numa ânsia de conhecimento e competitividade.
    Em Belo Horizonte onze horas do dia 26 de junho de 2009. Como descrever?
    A solidão...
    Continua...

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