quarta-feira, 22 de julho de 2009

Ritos de Passagem


Existem rituais que, mesmo que evitemos, acontecem naturalmente em nossas vidas. E se não damos o devido peso, outros o dão.

Nesse final de semana viajei com minha filha. Sua primeira vez ao volante, pelo menos numa viagem longa. Minas Gerais é um destino perfeito. Primeiro porque nasci lá. Depois porque para chegar os caminhos são quase sempre longos, tortuosos e lindos. Sem contar os vinte e um anos de preparação, das coisas boas que construiram esse momento que vai ficar para sempre na minha lembrança.

A nossa “aventura” foi muito tranquila. Teve até um defeito na volta que só serviu para lembrar que por mais legal que as coisas sejam, nem tudo é perfeito.

Se houve algum rito de passagem nem percebi, apesar das piadinhas que fiz a cada dez, dos mil quilometros.

A parte legal, mesmo, foi a compania. As vezes dava impressão de estar viajando com um espelho, as vezes com a alma gemea. Ou sendo uma. Graças a Deus minhas tentativas de tornar a viagem mais bacana para ela foram desnecessárias. Tudo fluiu e tudo foi bom.

E no final acho que o único rito que houve foi o pedágio. Os pedágios. Os muitos pedágios.

Contar detalhes me parece inutil. Estão gravados em mim e acho que é pra ser assim. Pessoal e intransferível. Mas se alguém quiser ver alguns momentos, minha pagina do orkut tem algumas fotos.




sábado, 11 de julho de 2009

moral da história

Defeitos
Uma velha senhora chinesa possuía dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas.
Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Este último estava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada da torrente até a casa, enquanto aquele rachado chegava meio vazio.
Por longo tempo a coisa foi em frente assim, com a senhora que chegava em casa com somente um vaso e meio de água.
Naturalmente o vaso perfeito era muito orgulhoso do próprio resultado e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer.
Depois de dois anos, refletindo sobre a própria amarga derrota de ser ¿ rachado ¿ o vaso falou com a senhora durante o caminho: 'Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho me faz perder metade da água durante o caminho até a sua casa.
A velhinha sorriu:
Você reparou que lindas flores têm somente do teu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e, portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todo dia, enquanto a gente voltava, tu as regavas.
Por dois anos pude recolher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa.
Cada um de nós tem o próprio defeito. Mas o defeito que cada um de nós temos, é que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante.
É preciso aceitar cada um pelo que é. E descobrir o que tem de bom nele.
Portanto, meu 'defeituoso' amigo, tenha um bom dia e lembre-se de regar as flores do seu lado do caminho. e envie este e-mail a algum (ou a todos) os seus 'defeituosos' amigos. Sem esquecer que é 'defeituoso' também quem a mandou a você!
Quando Deus tira algo de você, Ele não está punindo-o, mas apenas abrindo suas mãos para receber algo maior.
A vontade de Deus nunca irá levá-lo aonde a graça de Deus não possa protegê-lo.


idéias saltitantes

(um dia corrijo os saltos e algo vai fazer sentido)

A teoria dos limites


Vou chamar de prólogo a explicação da criação de uma teoria que justifique o comportamento humano e a partir daí sugira mudanças, principalmente, em relação ao olhar e a tolerância. O meu entendimento mudou e oque antes enxergava como fim, hoje, tenho certeza que é o começo.

O infinito é o começo.

A magia está em criar uma distância entre dois pontos que não existem.

Que tamanho tem uma coisa que não existe? Por acaso infinito, por definição, pq simplesmente tanto faz? É o que parece. E é o único limite que não existe. Porque dentro da existência o fim é certo. A renovação é que não é.

Existe um valor básico e intuitivo – mesmo que entendido racional – o limite, que norteia as relações de tudo com tudo incluindo nós animais e nós pessoas.

Antes do limite nada acontece pq nada existe.

(Se eu fosse prof de física ia fazer aqueles desenhos com as órbitas de íons ou o cacete, dando, recebendo; aquela aula que faltei.)

Nas relações de todos com todos e tudo existe uma troca que é natural e entendida completamente. E que une e forma parcerias, casamentos, mortes as vezes, mas que enfim vai norteando as relações das pessoas.

Para entender qualquer coisa sobre uma pessoa acho impossível isolar o fato de ser bicho e ter uma carga de reações muito mais ligadas nas cavernas do que na inutilidade de pagar conta de luz.
Mas voltando ao assunto; os limites não existem, não são estabelecidos por leis ou por regras. São negociados na hora. Quem passa primeiro, quem consegue a vaga, quem vence. E depois disso não existe mais. O limite é outro e se renova e se perpetua e explica o infinito no olhar de alguns e o vazio no de outros. Estão todos ocupando o mesmo espaço, mas com olhares diferentes.

Limites são provocados e merecidos. Mas difíceis de ultrapassar.

Na Cajaíba tive uma visão bem legal sobre isso.

Estava na Panema, uma praia de lá, que do lado direito tem uma pedra linda (que claro, não fotografei) que tem uns cinco, seis metros de altura, é escalável pelo mar e dá um salto bem legal. Isso visto da praia, a cerca de 20 metros, sem grandes erros de cálculo.

É possível pular? É.

Então porque depois que vc escalou a pedra, parou na beira da pedra, não pulou?

Ninguém perde a coragem em 30 segundos.

A maioria gasta muito mais de 30 segundos para ter confiança na sua certeza ou coragem ou avaliação, tanto faz. Tem gente que pára aí. A solução pra essas pessoas é levar um pé na bunda. Da segunda vez que for pular perde o medo. Com paraquedista é assim. Pq com outros não?

E oque tem haver levar pé na bunda com teoria dos limites. Pq ele tem que ser o primeiro a romper a barreira e sair da clausura e mostrar que além de louco ele é outras coisas. E que a condição físico/mental do indivíduo não o desqualifica para a convivência, muito menos para a produção. Qualquer produção. E que essa é uma condição básica de vida. Se você quer que ela melhore, faça ela melhor.

E oque é mais legal, se um louco pode então sejamos loucos ou aprendamos com isso.

Mas vamos fazer algo.

A teoria do limite não tem uma grande tese de defesa. Ela é bastante simples. Por analogia: qual é o limite de um cego? Oque ele vê ou oque ele não vê?

Quem estabelece seus limites senão você mesmo e no conflito com os limites alheios constrói a tolerância?

Estamos na fase da cura e da construção de um entendimento da relação entre oque vemos e oque é.

E a cura está no olhar. No invisível, mas presente.

Lá fora esta chovendo e aqui dentro vou escrevendo...

Lá fora esta chovendo e aqui dentro vou escrevendo... trocadilho que não dá para deixar passar. Tarde de sábado, dia gostoso pra muita coisa, inútil pra todo o resto.

E para quem não tem nada, do lado gostoso, pra fazer, mais um pouco de reflexão. Trocadilho infame. Quem sai na chuva é pra se molhar. E se molha e pega a gripe infinita suina A1 tipo II, traço e ponto. Ficar em casa é bom mas é mau. Seco no corpo, molho na alma e a máquina esperando pra ser comprada lá no Brás.

Trexero vem aí, mas a idéia, como um andarilho, parece que foi dar uma voltinha. E a reflexão vem com a saudade da loucura, quando não havia condição pra ter idéia. Tudo era uma idéia. Nada se perde, tudo se transforma e a cor domina o pensamento. O arco-íris que nasce, os limites que são quebrados, a dasdoida que ganha vida, mas nada que acontece porque eu fiz. Imaginação só imagina. Outro trocadilho infame.

Litio na lata, equilíbrio no corpo e excesso de pensamento antes de fazer. E pra disfarçar o Trexero vai dar uma volta, procurar máquina, tentar descobrir um retorno que valha a pena, enxergar um novo caminho que seja bastante agradável, o suficiente para esquecer o que já foi e descobrir o novo.

Minha vó dizia muita coisa, mas depois de morrer o mais importante. Agarra essa chance e se joga de novo no jogo. Mas agora, pra vencer. Pensada a tática, certo da técnica, contundido dos beques que estão por aí pras botinadas da vida, uma idéia na cabeça ( daquelas que nasceram do arco-íris e tudo o mais ), sem camera na mão, disposição pra fazer qualquer mágica que mude esse redemoinho de pensamentos, muito poucas certezas, aliás nenhuma e...

as vezes parece regime. Segunda-feira começa. Porque hoje, lá fora está chovendo e por isso estou aqui dentro escrevendo.