sábado, 11 de julho de 2009

idéias saltitantes

(um dia corrijo os saltos e algo vai fazer sentido)

A teoria dos limites


Vou chamar de prólogo a explicação da criação de uma teoria que justifique o comportamento humano e a partir daí sugira mudanças, principalmente, em relação ao olhar e a tolerância. O meu entendimento mudou e oque antes enxergava como fim, hoje, tenho certeza que é o começo.

O infinito é o começo.

A magia está em criar uma distância entre dois pontos que não existem.

Que tamanho tem uma coisa que não existe? Por acaso infinito, por definição, pq simplesmente tanto faz? É o que parece. E é o único limite que não existe. Porque dentro da existência o fim é certo. A renovação é que não é.

Existe um valor básico e intuitivo – mesmo que entendido racional – o limite, que norteia as relações de tudo com tudo incluindo nós animais e nós pessoas.

Antes do limite nada acontece pq nada existe.

(Se eu fosse prof de física ia fazer aqueles desenhos com as órbitas de íons ou o cacete, dando, recebendo; aquela aula que faltei.)

Nas relações de todos com todos e tudo existe uma troca que é natural e entendida completamente. E que une e forma parcerias, casamentos, mortes as vezes, mas que enfim vai norteando as relações das pessoas.

Para entender qualquer coisa sobre uma pessoa acho impossível isolar o fato de ser bicho e ter uma carga de reações muito mais ligadas nas cavernas do que na inutilidade de pagar conta de luz.
Mas voltando ao assunto; os limites não existem, não são estabelecidos por leis ou por regras. São negociados na hora. Quem passa primeiro, quem consegue a vaga, quem vence. E depois disso não existe mais. O limite é outro e se renova e se perpetua e explica o infinito no olhar de alguns e o vazio no de outros. Estão todos ocupando o mesmo espaço, mas com olhares diferentes.

Limites são provocados e merecidos. Mas difíceis de ultrapassar.

Na Cajaíba tive uma visão bem legal sobre isso.

Estava na Panema, uma praia de lá, que do lado direito tem uma pedra linda (que claro, não fotografei) que tem uns cinco, seis metros de altura, é escalável pelo mar e dá um salto bem legal. Isso visto da praia, a cerca de 20 metros, sem grandes erros de cálculo.

É possível pular? É.

Então porque depois que vc escalou a pedra, parou na beira da pedra, não pulou?

Ninguém perde a coragem em 30 segundos.

A maioria gasta muito mais de 30 segundos para ter confiança na sua certeza ou coragem ou avaliação, tanto faz. Tem gente que pára aí. A solução pra essas pessoas é levar um pé na bunda. Da segunda vez que for pular perde o medo. Com paraquedista é assim. Pq com outros não?

E oque tem haver levar pé na bunda com teoria dos limites. Pq ele tem que ser o primeiro a romper a barreira e sair da clausura e mostrar que além de louco ele é outras coisas. E que a condição físico/mental do indivíduo não o desqualifica para a convivência, muito menos para a produção. Qualquer produção. E que essa é uma condição básica de vida. Se você quer que ela melhore, faça ela melhor.

E oque é mais legal, se um louco pode então sejamos loucos ou aprendamos com isso.

Mas vamos fazer algo.

A teoria do limite não tem uma grande tese de defesa. Ela é bastante simples. Por analogia: qual é o limite de um cego? Oque ele vê ou oque ele não vê?

Quem estabelece seus limites senão você mesmo e no conflito com os limites alheios constrói a tolerância?

Estamos na fase da cura e da construção de um entendimento da relação entre oque vemos e oque é.

E a cura está no olhar. No invisível, mas presente.

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